gravidez

Estou grávida aos 41 anos! E, depois?!

É verdade! É esta a boa-nova que gostava de partilhar convosco! Estou novamente grávida e novamente grávida de uma menina! Não podia estar mais feliz, pois há muito que queria que a minha filha Mariana tivesse um irmão ou uma irmã. Proporcionou-se agora e não podia estar mais contente! A Mariana já sabe que vai ter uma irmã e até já faz festinhas na minha barriga, vejam bem!…

Esta é a semana certa para vos anunciar esta grande notícia, não só porque o meu marido Hugo, pai da bebé, celebrou o seu aniversário no dia 25 de junho, como também porque já ultrapassei aquela etapa importante dos 3 meses de gestação. Iupi! 

Querem saber todos os pormenores sobre esta grande novidade? Continuem a ler…

gravidez

Para já, vamos aos detalhes…

Quando o assunto é gravidez, sei que a curiosidade é sempre muita e, por isso, vou direta aos pormenores. Como já disse, estou grávida de uma menina e encontro-me, precisamente, com 3 meses e uma semana de gestação, o que significa que a bebé nascerá em dezembro. Uma bebé do “frio” a contrastar com a minha filha Mariana (que completa 3 anos no próximo dia 14 de julho, ou seja, em pleno verão!).

Assim como mãe, também sou uma grávida relaxada e descontraída. Não tenho enjoos, não me sinto cansada e, basicamente, faço a minha vida normal. (Nada de inveja, por favor!…) O mesmo aconteceu na gravidez da minha filha Mariana. Só no último trimestre, com o aumento do peso, é que me senti mais limitada, mesmo em termos profissionais.

Apesar disso, devo confessar que, para mim, a gravidez nunca foi, propriamente, um “estado de graça”, nem considero que tenha sido o melhor período da minha vida, talvez porque também tenha trabalhado até ao limite, ou seja, até a Mariana nascer!

Porquê agora?

Nunca planeei as minhas gravidezes “a régua e esquadro”. Como já referi, não queria que a Mariana fosse filha única e até gostava que as minhas gravidezes tivessem sido mais próximas no tempo. 

Contudo, em 2019, estivemos no Brasil num congresso e, por causa do vírus Zika, acabámos por adiar a decisão de engravidar. Já em 2020, com a pandemia do novo coronavírus, ficámos na dúvida se devíamos dar ou não este passo nesse momento. É caso para dizer que 2021 chegou para nos tirar todas as dúvidas!…

Nascimento da Mariana
foto de familiafotografia de familia - gravidez

Sempre soube que queria ser mãe, mas…

É um facto que sempre soube que queria ser mãe, mas a verdade é que nunca senti aquele “chamamento da maternidade”, como “tem de ser agora” ou “não pode passar deste ano”. 

A verdade é que estudei até tarde. Fiz um bacharelato, uma licenciatura e um mestrado. Abri uma clínica. E considero que teria sido difícil compatibilizar todos estes projetos com gravidezes e filhos. 

Portanto, para mim, nunca fez sentido ser mãe cedo, embora, naturalmente, respeite essa opção. Além disso, sempre pensei que ia a tempo de ser mãe e de concretizar o meu sonho e, felizmente, não me enganei!…

E depois da bebé nascer?

Quando a minha filha Mariana tinha 1 mês de vida, regressei ao trabalho. Naturalmente que tive a possibilidade de a deixar entregue aos cuidados do pai e da avó, o que me tranquilizou. Contudo, esse regresso à clínica foi muito importante para mim, sobretudo do ponto de vista psicológico. Portanto, planeio fazer o mesmo desta vez, se tal for possível, claro. 

Sei que é um tema que divide opiniões, mas pretendo optar por cesariana, apesar de saber que o pós-parto é mais duro e a recuperação mais lenta (quem já passou pela experiência sabe do que falo, certo?…).

Outro tema que divide opiniões é o da amamentação. Quando estive grávida da minha filha Mariana, decidi não amamentar. Contudo, como ela, por um dia, nasceu prematura, aconselharam-me a amamentá-la e fi-lo com todo o gosto e amor. Confesso que ainda não pensei muito sobre o que vou fazer quando a bebé nascer, mas serei sempre fiel ao meu instinto, que só contrariarei devido a uma recomendação médica, por exemplo.

Nestes aspetos – seja do regresso ao trabalho, do parto ou da cesariana, da amamentação ou da não amamentação -, acho que o mais importante é não julgar e saber ouvir cada mãe. Pois, antes de sermos mães, somos mulheres, seres humanos, corpos e mentes. E acredito que se os nossos desejos e vontades forem respeitados, haverá mães e bebés mais felizes!

Marisa Zenha - fotografia de família

Estou grávida aos 41 anos! E, depois?!

Encerro este artigo com a frase que lhe dá título porque, realmente, considero que a idade não nos deve condicionar, muito menos rotular. Julgo que há precauções a ter sim. Clínicas, mas também físicas. Fazer caminhadas; treinar; comer bem, de forma a ganhar peso, mas de maneira saudável e equilibrada; são cuidados de que não prescindo.

Contudo, continuo a defender que a gravidez e a maternidade, apesar de serem experiências inacreditáveis e marcantes, não devem limitar a mulher a nenhum nível. Sinto que continuamos a viver numa sociedade que, muitas vezes, valida a mulher pelo seu papel enquanto mãe. Quase como se uma mulher que não é mãe fosse menos mulher ou menos meritória do que uma que é. 

Ao longo da minha infância, vivi rodeada de mulheres muito fortes, algumas das quais não eram mães, mas que tiveram um papel importantíssimo na minha formação e crescimento. Assim, acho mesmo que cada mulher é livre de fazer as suas escolhas. Seja de não ser mãe. Seja de ser mãe. Seja de ser mãe, como eu, aos 41 anos!

Também sei que posso voltar a ser mãe e manter-me profissionalmente ativa, porque tenho ao meu lado um homem especial, seguro e forte. Infelizmente, há muitas mulheres que não têm esse companheiro junto a si e são pressionadas a cumprir com rotinas ou horários a que uma mulher ativa e, simultaneamente, mãe, nem sempre consegue corresponder.

Portanto, este é um artigo no feminino, que fala sobre gravidez e maternidade, mas que não esquece o papel crucial que um homem pode ter, pela positiva ou pela negativa, na realização pessoal e profissional de uma mulher.

Agora, partilhem comigo as vossas experiências! Alguém de “esperanças” desse lado? Como foram as vossas gravidezes? Com que idade foram mães? Como foram acolhidas as vossas opiniões sobre a maternidade pelas pessoas que vos rodeiam? 

Quero muito saber o que pensam sobre este tema, que tem tanto para se falar e se debater, de forma salutar, claro!

2 Comments

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Ana Sofia Piqueiroreply
27 de Junho, 2021 at 9:33 pm

Fiquei muito contente, desejo muitas muitas felicidades 😍
Não sou mãe, e muitas pessoas quase me matam quando digo não querer ser ou que não amamentaria caso tivesse um bebé😅 mas tudo sem problema, cada pessoa com a sua opinião, respeitemo-nos e tudo corre lindamente! Beijinhos grandes Dra

Manuela Pinhoreply
27 de Junho, 2021 at 10:48 pm

Olá minha querida amiga! Que benção tão grande.
Fiquei muito feliz de saber que serás mamã novamente!
Sou da opinião que não há idade certa para nada…
Fui mãe aos 21 e aos 31 e até brincava com a ideia de ser mãe novamente aos 41. Mas ainda vou a tempo (pois ainda faltam 10 meses para fazer os 42). Mas, nada é por acaso, tive a oportunidade de estagiar no serviço de obstetrícia e cuidar de muitos bebés e mamãs…
Deus no comando sempre.
Toda a felicidade do mundo. Sabes o que vales para mim. Abraço apertadinho.

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