Memórias de infância: crescer em comunhão com a Natureza!
Ao assistir ao crescimento da minha filha, Mariana, é impossível não recuar no tempo e lembrar-me da minha própria infância. Tratam-se de memórias felizes, muito ricas em vivências e em experiências que tenho a certeza que contribuíram em parte para aquilo que sou hoje.
Apesar de existirem vários espaços que marcaram a minha meninice, é indiscutível o papel que teve a casa da minha mãe, sobretudo pelo contacto com a Natureza que me proporcionou. E é com grande alegria que vejo que também a Mariana está a ter essa possibilidade de estar em plena comunhão com a Natureza…
Os animais
A casa da minha mãe é uma pequena Quinta e, como tal, sempre teve animais. Isso fez com que, enquanto criança, eu tenha tido a possibilidade de ver ao vivo e a cores coelhos, patos, faisões, perus, cães,…
Apesar de ser uma menina da cidade, tive o privilégio de contactar com alguns dos animais que via ilustrados nos livros e sobre os quais ouvia falar nas aulas de ciências na escola. Além disso, o espaço exterior da casa da minha mãe foi sempre o palco principal da maior parte das brincadeiras… e, também, das asneiras!
A pata que, afinal, era um pato!
Uma história que guardo destes tempos remonta à ocasião em que me ofereceram uma pata, de seu nome Margarida. Porém, mais tarde, viemos a descobrir que a pata, afinal, era, na verdade, um pato! Um Margarido, portanto.
Escusado será dizer que este foi um momento que proporcionou muitas gargalhadas e que nunca irei esquecer!
Uma paixão, os cães!
Para mim, os cães sempre foram uma paixão. Tivemos animais de várias raças, como São Bernardo, Serra da Estrela, Pinscher,… E ainda recordo os nomes de todos: Dicky, Pantufa, Kiki, Dany, Diamante, Bernardo, Tomás e Anita (a qual ainda se encontra connosco).
Infelizmente, neste momento não posso ter um cão em minha casa, mas tenho como objetivo oferecer um cão à Mariana, quando ela fizer 3 anos. A ideia é que ela se sinta responsável por um animal. Em alimentá-lo, em brincar com ele,… O que acham? Têm sugestões de raças?
O presente
É ainda com muita satisfação que vejo que a Mariana continua a poder usufruir daquele espaço exterior da casa da minha mãe. Agora, existe por lá um rebanho de ovelhas anãs que tanto a minha filha, como a minha sobrinha, Maria, adoram, pois acompanham os animais desde que nascem até que ficam adultos. Além disso, ainda têm uma gatinha branca, chamada Jolie, que todos os dias vão alimentar.
Outra experiência que a Mariana também está neste momento a ter, é a de cultivar e cuidar de um morangal com a minha mãe. A possibilidade de em tão tenra idade assistir ao crescimento de um fruto e perceber que “se semearmos, colhemos”, é uma lição super importante que tenho a certeza que lhe vai ficar para a vida.
Todas estas vivências deixam a Mariana muito contente e contribuem para que ela perceba e respeite a Natureza!
Reflexão final
Sabendo que estas experiências podem não estar ao alcance de todos, julgo que é mesmo importante que frequentemos mais espaços com árvores e animais, para que as nossas crianças compreendam como a Natureza é mágica e merece ser preservada.
Principalmente quem vive o ritmo acelerado da cidade carece da calma e da paz que só o campo oferece. Experimentem passar um dia num ambiente rural e façam um balanço final. Certamente, sentir-se-ão mais tranquilos e sossegados.
E as vossas memórias de infância? Quais são? Também em casa da mãe em contacto com a Natureza? Ou a passear na cidade com os avós? Contem-me as vossas lembranças mais fortes! Gostava muito de as ficar a conhecer…